Filtro de luz azul nas lentes: vale mesmo a pena o investimento ou é só marketing?
- Dr. João Rosado
- 16 de jul.
- 2 min de leitura
Apesar de muito falado nos últimos anos, o filtro de luz azul continua a gerar dúvidas. Será mesmo eficaz? É essencial para todos? Ou não passa de um extra pouco relevante que encarece desnecessariamente as lentes oftálmicas?
Para responder com clareza, é importante perceber o que está realmente em causa quando falamos de luz azul, e qual o impacto real que este tipo de filtro pode ter na tua visão.
O que é, afinal, a luz azul?
A luz azul é uma componente natural da luz visível, emitida tanto pelo sol como por fontes artificiais — como computadores, telemóveis, iluminação LED e ecrãs em geral. Ao contrário da radiação ultravioleta (UV), que é invisível e comprovadamente prejudicial à saúde ocular, a luz azul visível não representa um risco clínico para os olhos.
No entanto, não é por ser inofensiva que deixa de ter impacto no nosso conforto visual.
A elevada presença de luz azul em ambientes digitais pode aumentar significativamente o deslumbramento, causando sensação de encandeamento e desconforto ao longo do dia, especialmente em pessoas mais sensíveis à luz ou com rotinas prolongadas à frente de ecrãs.
O filtro de luz azul protege… ou apenas alivia?
É fundamental esclarecer este ponto: o filtro de luz azul não existe para proteger os olhos, mas sim para aumentar o conforto visual em situações de exposição prolongada a fontes luminosas artificiais.
Este tipo de filtro reduz o deslumbramento causado pelas ondas curtas da luz azul, o que se traduz numa maior estabilidade visual, melhor contraste e menor fadiga ocular — sobretudo ao final do dia. É particularmente útil para quem passa muitas horas ao computador, lida com iluminação LED intensa ou se queixa frequentemente de deslumbramento.
É um filtro para todos?
Não necessariamente. O filtro de luz azul não é imprescindível para todos os utilizadores, mas pode fazer uma diferença significativa no conforto de quem tem maior sensibilidade à luz ou apresenta sintomas de fadiga ocular digital.
Quem trabalha com dispositivos digitais durante muitas horas, conduz à noite, ou sente os olhos cansados ao final do dia, é um bom candidato para beneficiar deste tipo de tecnologia.
Vale o investimento?
Embora represente um custo adicional, o filtro de luz azul é, para muitos utilizadores, uma escolha inteligente. Reduzir o desconforto diário, melhorar o desempenho visual ao longo do dia e prevenir a fadiga digital são vantagens que, para quem depende da visão no seu dia a dia, justificam amplamente o investimento.
É, acima de tudo, uma questão de necessidade. E como essa necessidade varia de pessoa para pessoa, a melhor decisão será sempre individualizada.
Tem dúvidas sobre se deve optar por este filtro?
Envia-nos a tua prescrição por e-mail (geral@clinoptica.pt), pelo Whatsapp (https://wa.me/351935331272) ou contacta-nos por telefone. Podemos esclarecer todas as tuas questões, ajudar a perceber se o filtro de luz azul é indicado para o teu caso e apresentar-te um orçamento personalizado com base nas tuas necessidades visuais.
A escolha certa começa com a informação certa.
Comentários